terça-feira, 31 de janeiro de 2012

(Esta foto foi retirada do Google imagem)




"O amor é como a criança: deseja tudo o que vê."
Willian Shakespeare


O dia estava com um Sol gigante brilhando lá fora e o fim de semana era anunciado pelos gritos das crianças na rua de casa brincando a tarde toda sem preocupação nenhuma. Mas eu poderia ficar somente olhando uma vez que minhas pernas não haviam nascido com vontade de andar. Havia pedido inúmeras vezes a Deus para que minha pernas ficassem iguais as das crianças que brincavam lá fora, mas imagino que meu pedido esteja numa pilha de pedidos aguardando para ser a próxima a ser lida.
Enquanto eu olhava pela janela as crianças brincando as vezes eu fechava os olhos e me imaginava com elas, me imaginava correndo atras da bola que elas jogavam com toda a força pra lá e pra cá, e eu sempre alcançava e jogava de volta para eles. Eu procurava absorver o máximo que pudia olhando para eles lá fora, porque a noite era quando tudo acontecia de verdade, a noite era quando eu pudia correr, e se quisesse até voar. Todas as noites eu sonhava, e sempre escrevia sobre eles.
Eram tantas aventuras, tantas coisas que eu podia fazer no sonho que as vezes acordava cansado de tanta coisa que havia feito em meu sonho. Sempre acordava e escrevia tudo no meu diário, tomava café e depois tinha de ir pra escola. Na escola era legal tinha os meus amigos, mas eram muitas pessoas com pena de mim, e era uma coisa muito chata ter que ser gentil só porque todos são gentis. Será que algum dia eu iria poder xingar alguém como minha faz todos os dias com meu pai ao telefone?.
Eles já não estavam juntos a um tempo considerável e sinceramente isso não me incomodava, minha mãe sempre me tratou como uma criança normal, não me dava moleza e eu a amava mais do que um filho normal ama sua mãe. Ela era o meu anjo da guarda, minha protetora, só por ela não ter me jogado nos braços de qualquer um quando ficou sabendo que eu não andaria tão cedo, eu a amava todos os dias como meu coração aguentasse, e todos os dias meu coração aguentava mais.
Minha mãe me levou pra tomar Sol neste final de semana, e com a brisa e vendo-os brincar mais perto de mim era como se eu tivesse visto um filme todo este tempo e agora pudesse ver tudo ao vivo. Eles eram reais, mas em meus sonhos eu pudia abraça-los e correr com eles, aqui era diferente mas não me queixava disso, estar aqui pra mim era combustível para mais uma noite de sono cheia de sonhos. A bola de, Mike caiu em meu quintal e eu teria jogado de volta se pudesse, permiti que entrasse para pegar sua bola e ele sorriu pra mim sentou-se próximo e começamos a conversar. Como sempre ele queria saber porque eu era assim, nenhuma novidade e então seus outros amigos gritaram para que voltasse ao jogo. Ele se despediu e foi jogar bola com seus outros amigos.
Já era hora de entrar, tomei um banho gastei um pouco de imaginação na banheira e depois minha mãe entrou no banheiro me enrolou na toalha e ajudou a me trocar, pelo tanto de perfume que ela passou em mim e pelo jeito que estava distraída eu sabia, meu pai viria jantar conosco. Eu fiquei animado porque havia muito sonhos que não tinha contado a ele ainda, e ele sempre tentava adivinhar o final dos meus sonhos, mas achava que eram historias que eu lia e não que sonhava.
Os dois falaram pouco na mesa, eu não parava de falar nenhum instante e minha mãe ficava brava com isso e me mandava comer a cada cinco minutos, mas ela ficava contente quando meu pai estava ali, só não admitia.
Depois do jantar meu pai me subiu e escovamos os dentes juntos, ele me levou pro meu quarto e logo em seguida minha mãe chegou, e me deram beijos, eu disse beijos de boa noite. Eu estava tão feliz, e sabia que no outro dia eu teria tanta coisa pra escrever que meu dia seria curto. A felicidade era algo que me era dado assim tão fácil e eu me deliciava com ela todos os dias de minha doce vida, mas eu queria mais, eu sempre queria mais. Tudo era doce e dessa vez eu estava voando, encontrei meu pé de coelho era um tipo de alerta para eu saber que estava sonhando, e meu sonho só havia começado.

[Continua...]



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